Letra da Música Chuva de KMT

É mais que opção eu rimo por natureza
É mais do que escolha a rima é minha fortaleza
Eu caminho com destreza no meu bairro minha cidade
Onde se luta para ter mais oportunidade
A lua ilumina o corre dos vagabundo
Acostumado com a vida do submundo
Eu me aprofundo nas idéias sem o pensamento vago
Tiago Onidaru mais um que veio pro estrago
Atraído pelo gosto amargo e frio
Das avenidas de Sp, Salvador ou Rio
meu povo entende, sabe sobre que eu verso
minha rima é tijolo pra construir o universo
quero ser rei sim e viver bastante
essência de formiga pesado como elefante
juntos somos fortes, unidos imbatíveis
por isso que eu confio nas forças invisíveis
que me eleva a outros níveis, feitos impossíveis
disciplina e honra são imprescindíveis
pra nóis cair, se levantar e nunca ser subjugado
pode pá nossa origem sempre nos fará culpado

Queria poder rimar assim
No sapatin até o fim ouvindo a chuva cair
Imaginando o que espera por mim
Será a traição que cometeu Caim
Ou a força mágica dos versos de Rakim
Que cria mundos
Nos mais profundos
Dos submundos
Num segundo me pergunto
Quem é que cola junto
Quando o assunto principal
Não é falar mal de vagabundo original
Respeito ao ancestral que na terra natal
Muito além do Ocidental, físico e espiritual
Não é coisa separada, a terra não é dada
É simplesmente emprestada
De quem hoje é pivetada
Muda toda a caminhada
Do início à chegada
Kmt
É Terra de Preto
Por isso o respeito
É mais que conceito
Então vê direito
Se eu sou ou não aceito
Pelos bicos, que se foda
O preconceito nessa porra
O torro é fechar com eleitas e eleitos do meu povo
Que mesmo no sufoco
Em cada linha um troco
Três pirâmides e o Sol que ilumina o Todo


Refrão
Por que chove aqui dentro se faz tanto sol La fora
Se um dia ele vem porque toda essa demora

Seu Deus de olho azul me excluiu da vossa história
Cansei de ser aquele que por justiça implora

Por que chove aqui dentro se faz tanto sol La fora
Se um dia ele vem porque toda essa demora

Eu busco na origem base pro conhecimento
É o talento de quem teve apagada sua memória