Letra da Música Descobrimento do Brasil de Manifesto Negro

Que bom que você chegou até aqui!
Veja abaixo a letra da música que separamos para você!

Música em MP3
Tudo era paz e harmonia em pindorama
Até aquele tumultuado mês de abril
Quando os brancos viram que pra cá pra essas bandas
Tinha terra fértil e um pau chamado brasil
Deitados na rede relaxando com um cachimbo
Os índios nativos só na brisa ou dormindo
Relação harmoniosa com a natureza
Cercados de fauna e flora ricas que beleza
Mas o extrativismo e a ganância começaram
Falaram mais alto e eles desmataram
Queimaram usaram e abusaram da terra
Escravizaram os nativos participaram de guerras
Melanina em excesso cabelo enrolado
Trazido da África pra cá como escravo
Era o negro em navio negreiro trancafiado
Mas o negro zumbi que já tava atribulado
Com esse papo de servir e trabalhar para os brancos
Fugiu e criou o quilombo pros manos
Os que ficaram trabalharam no cultivo da cana
O branco aboliu a escravidão e saiu como o bacana
E o índio foi perdendo poder sobre o espaço
Que era só dele e de mais ninguém no passado
Reduzido a uma reserva que nunca é titular
Jogado pra escanteio e nunca vai entrar
Esperando essa reforma que nunca vai chegar
Se afundando nas drogas aqui no sul do Pará
E os negros libertos da escravidão não da miséria
Abandonados por todos trancafiados numa cela
Favela,violência trafico de drogas
Sem saúde ou segurança sem direito a escola
Pedindo esmola ao estado que nem liga
É jogador de futebol,traficante ou artista
Três opções de futuro para os negros
Exceções muito poucas contadas no dedo
Extração de mimério da mó dinheiro
E o que fica aqui é só a sobra do estrangeiro
Preconceito com o negro preconceito com o índio
E o causador disso tudo só na boa curtindo

E tudo era paz e harmonia em pindorama
Até aquele branco dizer que descobriu
Enganar todo mundo e levar maior fama
Já tinha gente morando aqui onde já se viu ?
E o branco em mares nunca dantes navegados
Tormentosos mares sendo desbravados
Ai pero Vaz caminha sobre o paraíso
Belezas naturais ambição genocídio
Escambo trocando pau Brasil por pente
Ouro por espelho dinheiro por gente
Fez merda no passado e mudou o futuro
Civilizado de merda que cometeu absurdos
Índio politeísta com uma cultura atrasada
Com uma língua estranha e armas antiquadas
Que povo é esse que matou seu próprio Deus
Que escraviza os outros e diz que é melhor que eu
Trancados humilhados e outras coisas mais
Pelourinho,apanham feito animais
Pele escura vindos do outro lado do oceano
Em condições precárias sem comer e apanhando
Hoje ele também apanha mas é da polícia
Morre mais fácil fuzilado pela milícia
Nem se mete na política nem sabe ler
Ganha quase nada mal da pra comer
Vão vendo o índio tomar coca-cola
Vão vendo o preto da favela cheirar cola
O índio na internet ou jogando bola
O preto no sinal puxando bolsa e sacola
Abolição mentirosa escravidão ainda existe
Escravo do trabalho e o preconceito que resiste
Antropofagia disseram que era errado
Que a dança do negro é adoração ao diabo

E tudo era paz e harmonia em pindorama
Até chegada das caravelas
O índio nativo morava em cabanas
Hoje a paisagem é repleta de favelas
Floresta desmatada e o pouco que ainda resta
Sendo destruído CO2 na atmosfera
E a espera do progresso que não chega nunca
A ilusão da melhoria de vida nos afunda
Num coma profundo mantendo a ordem
Eles ganham a gente perde e assim a vida corre
Quem morre quem mata quem perde quem lucra
Quem sofre o preconceito é o que tem apele escura
Loucura desemprego falta de dinheiro
Realidade do povo brasileiro
O dia inteiro se mata de sol a sol
Em busca de um emprego no país do futebol
Sem energia elétrica e água encanada
Aldeia indígena e favela irmão não tem nada
Realidade igualada por enquanto aqui
Dos mais forte nagô até o guerreiro tupi
Descobrimento do Brasil 500 anos
Sem perspectiva sem direito a fazer planos
Um aculturado o outro marginalizado
Zoados na eleição deixados de lado
O artista da vida real morre de novo
Não se enquadra no perfil de galã da novela das oito
Aqui o final não é feliz é trágico
Rápido prático quase sempre dramático
Comédia quase nunca a tragédia impera
Conflitos agrários ou confrontos na favela
Chega de assalto ao povo e mentira banal
Aqui roubam desde o tempo de Cabral
A diferença do menino que fuma maconha
É que pra roubar ele não tem diploma
Não tem advogado nem grana pra se defender
Não tem status,não tem nome não tem o que comer
Não tem pasta nem anda de terno e gravata
Suje-se gordo Machado já deixou em pauta

E tudo era paz e harmonia em pindorama
Até o descobrimento do Brasil
Negro e índio esquecidos muitos sem grana
Data errada dia 1º é 22 de abril

Outras Músicas de Manifesto Negro

Conheça aqui outras músicas de Manifesto Negro que você poderá gostar.

Baixar Música Descobrimento do Brasil (Manifesto Negro) em MP3

Você pode baixar (fazer o download) ou ouvir diretamente a música Descobrimento do Brasil de Manifesto Negro no seu celular ou computador através do player abaixo.

Ouvir "Descobrimento do Brasil"
na Amazon Music Unlimited
Ouvir "Descobrimento do Brasil"
na Amazon Music Unlimited
Baixar Música Agora!

Ficha Técnica da Música Descobrimento do Brasil

Número de Palavras696
Número de Letras4969
IntérpreteManifesto Negro

Na tabela acima você vai encontrar dados técnicos sobre a letra da música Descobrimento do Brasil de Manifesto Negro.

Amazon Music Unlimited